terça-feira, 31 de julho de 2007

Conexão Cubo/Bh- Segunda Parte

Como disse anteriormente os primeiros passos para nossa chegada em Bh foram dados pela caravana do projeto Rumos ao desembarcarem em Cuiabá, que trouxe junto a ela uma serie de figuras importantes da Musica no país, entre elas um mineiro, Israel do Vale , diretor da Rede Minas, que já havia editado a Ilustrada da folha, a Revista Bizz, e era também proprietário de um dos selos/lojas mais ousadas que o Brasil já tinha visto, em se tratando de cena independente. Israel começou a falar do Espaço Cubo em todos os rincões onde a caravana passava e comentar com algumas pessoas em Minas Gerais sobre o nosso trabalho.

Uma das pessoas que ouviu estes comentários foi Makely Ka, musico mineiro e ativista do fórum nacional de música, que se interessou em fazer uma entrevista com os integrantes do Cubo para o lançamento de uma revista que estava idealizando em conjunto com outros parceiros, e logo tratou de nos achar de alguma forma, pesquisando endereços virtuais e rapidinho chegou a seu objetivo, nos adicionou no msn, nos entrevistou durante três horas, produziu uma puta material bacana e sumiu durante um bom tempo, estávamos em meados de 2005.

Alguns meses depois, já no inicio de 2006 encontramos novamente com o Makely em Recife, onde fundávamos a Abrafin no Porto Musical e ele iria se apresentar no Pré-Amp, evento organizado por músicos pernambucanos. Nosso encontro foi breve, falamos da entrevista, do possível lançamento da revista , nos despedimos e mais uma vez pintou um clima de até breve. O tempo passa, e vamos mantendo contato via msn, até que no inicio de 2007 Makely começa a falar sobre um projeto bacanissimo que rolava em BH, o Stereoteca, e que seria muito interessante que envolvêssemos o Cubo de alguma forma, e propôs a realização do StereoCubo, que debateria durante uma semana alguns dos novos caminhos da musica brasileira com ênfase na experiência desenvolvida pelo EC em Mato Grosso.

Proposta aceita começamos então a pensar os temas de cada uma das mesas, e as cabeças que participariam do debate, e menos de um mês já estávamos nos encontrando com Danusa Carvalho(Coordenadora do Stereoteca), na Feira da Música de Brasília, onde combinamos os detalhes finais, finalizamos a escolha dos temas e marcamos as datas defititivas para a realização do projeto. Quinze dias depois estávamos em BH.....

domingo, 29 de julho de 2007

Conexão Espaço Cubo/BH: Passo a Passo!




Recentemente A Equipe do Espaço Cubo foi convidada a participar do Stereoteca em Belo Horizonte, um projeto que entre outras coisas envolvia uma serie de debates e seminários sobre as novas perspectivas da musica independente no país, e a proposta era que formatássemos em conjunto o Stereocubo, já que em 2006 havia rolado o StereoMundo em parceria com o mega-dinamico-portal-overmundo.

O primeiro passo para que tudo isso acontecesse se deu em meados de 2004 quando desembarcou em Cuiabá a caravana do projeto Rumos, do Itaú Cultural, com as ilustres presenças de Edson Natale (Literalmente a cabeça mais brilhante da cultura do país, segundo o parceríssimo Israel do Vale. Rs), Hermano Viana, Pena Schimdt, Israel do Valle, entre vários outros que proporcionariam aos cuiabanos uma serie de leituras e contextualizações sobre os novos caminhos da música no país.

Durante o seminário do rumos em Cuiabá, mais especificamente na hora do almoço, encontrei o Coordenador do projeto, Edson Natale, dando bobeira no saguão e aproveitei aquele momento para fazer uma mini apresentação do projeto do Espaço Cubo, relatando algumas de nossas ações e mostrando um pouquinho da operacionalização de nossos trabalhos. Natale mostrou certo interesse mas estava atrasado para a mesa seguinte e me disse que ao final poderíamos sentar e converssar mais um pouco sobre o projeto, não alimentei muitas esperanças mas no mínimo o primeiro contato já estava feito.

Na volta do almoço, o seminário recomeçou e logo de cara o Natale pediu atenção da platéia pois queria que um rapaz da penúltima fileira se levantasse para falar sobre um projeto muito interessante que estava acontecendo em Cuiabá, e que tinha tudo a ver com o que o rumos estava pesquisando, o Espaço Cubo. Obviamente que me surpreendi, já que não tinha visto tanto interesse assim do cara, mas logo me recompus, levante e falei durante alguns minutos sobre o nosso projeto, contextualizei cada ponto e chamei a todos para visitar o nosso espaço ao fim dos trabalhos.

Não deu outra, após as 4 horas restantes de debate o Espaço Cubo foi citado varias vezes pelos palestrantes e quando acabou todos já estavam ansiosos para conhecer in loko o tal projeto, planejamos o translado e as 19:00 todos já estavam dentro da nossa sede conhecendo nossa estrutura e auxiliando em mais uma fase de nossas constantes transmutações baseadas nos códigos abertos.

Todos se empolgaram bastante com o que estavam vendo, e era facilmente perceptível que dali muitos frutos poderiam ser colhidos pelo projeto com a ajuda desses magníficos pensadores da musica brasileira, saímos do Cubo mais ou menos as 21:00 e fomos para o Choppão finalizar nossos debates, as 23:00 nos despedimos com gostinho de quero mais, e tinha certeza que aquele momento estava muito longe de ser um adeus, na verdade era um simples, até breve...três anos depois estávamos em BH, e os passos que nos guiaram até la eu conto no próximo texto....

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Coalizão de Forças da o tom da cena alternativa de Mato Grosso



Há algumas semanas atrás, as principais forças do cenário alternativo mato-grossense, se reuniram para iniciar um dialogo que possibilitasse uma coalizão de esforços visando a integração de todos os agentes dessa grande salada cultural vivida nesses últimos 5 anos. Estiveram presentes representantes das mais varias entidades, entre elas o Espaço Cubo, a Volume, o Espaço Atômico, a CUFA, a Bota Fé Produções, a Pull Off, Nitrorock, Instituto MANDALA, Estúdio Riff e também varias bandas atuantes em nosso cenário, entre elas o Macaco Bong, Lopez, Venial, Snorks, The Melt, Lord Crossroad, Skarros, Boneca Inflável, Mandala Soul, entre outras...

Já na primeira reunião uma coisa ficou bem clara: Estivemos afastados durante tanto tempo pois alguns grupos ainda insistiam em não entender o debate político de maneira saudável e preferiam se escorar na velha ladainha da tretinha rock n roll, que contamina cenários de todo o país e atrapalha a evolução de varias cadeias produtivas. E era fundamental que esta constatação rolasse já no primeiro debate, pois inverteria a lógica para os próximos, e abriria um pouco mais o leque de opções a serem debatidas. Passada a primeira fase de constatações, começamos a debater os objetivos comuns, e rapidamente foi visualizado o quanto estes eram bem maiores que as diferenças entre cada ação, cada projeto e cada entidade e partindo desses objetivos iniciamos um planejamento de metas.

Já de cara resolvemos organizar uma ação conjunta no Dia Mundial do Rock, onde todos os grupos promoveriam uma verdadeira suruba artística, com bandas transando freneticamente nas mais variadas camas da cena cuiabana, e tudo isso de graça. Alem disso outras propostas surgiram e foram muito bem recebidas, como a elaboração de um calendário de todas as nossas ações, um mapeamento de todas as entidades que atuam nesse segmento(já são mais de 20 no total), a produção de um catalogo e de um guia de tudo o que estamos produzindo, o auxilio mutuo na produção dos projetos de cada entidade, a troca de tecnologias, a reformulação do fórum da musica entre varias outras idéias devidamente anotadas e amplamente debatidas.

Saímos da reunião já com a primeira ação engatilhada, o Dia mundial do Rock, durante três dias, nas duas principais casas de shows da cidade, com a produção de todos os agentes, musicos e produtores ligados a todas as chancelas hellcityanas. O Jogo já estava ganho antes mesmo de começar. Não deu outra: Estádio Cheio, técnicos concentrados, equipes entrosadas e espetáculos garantidos.

Cadeia produtiva 10 x Forfunagem 0

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Secretaria Estadual de Cultura publica mais uma série de projetos aprovados!

por Pablo Capilé
do Cubo Planejamento


A Secretaria Estadual de Cultura publicou ontem mais uma leva de projetos aprovados e contemplados pelo fundo de fomento a cultura do Estado. Entre eles estavam o Festival Calango, Festival Consciência Hip Hop, o projeto de oficinas Mandala, O Festival Kura Del Sur, a Semana da Música, entre outros, mostrando assim a força do movimento alternativo cuiabano.

Mas além desses, uma dezena de outros projetos ligados a grupos que não participam em absolutamente nada do processo de debate e formação política em nosso estado tambem foram contemplados, e com uma verba assustadora, como o caso do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, que mais uma vez foi contemplado com 300 mil reais, mesmo o teto sendo de 150 mil, já que nos últimos anos os organizadores têm inscrito vários projetos diferentes sempre na busca de dois tetos da já escassa verba para a cultura de nosso estado.

Conselheiros acordem por favor, e percebam que existem projetos hoje em dia em nosso estado muito mais importantes para a cadeia produtiva local, que geram mais empregos, que estão muito mais conectados com seus cenários, que participam da elaboração de programas para políticas publicas.